É comum, em certas regiões do Brasil, confundir corvo com urubu. Embora sejam animais voadores que possuem os corpos cobertos de penas pretas e, de acordo com a crendice popular, sejam portadores de mau agouro, urubus e corvos não são parentes.

Os corvos tiveram origem no continente asiático e hoje são muito comuns nos países europeus, onde se adaptaram bem ao clima frio e a vida nas grandes cidades. Vivem em bando, são fáceis de observar, pois são aves maiores e se espalham pelos parques onde buscam alimento e fazem muito barulho. Pesquisadores descobriram, recentemente, que esses animais adotam comportamentos que podem ser considerados sinais de inteligência, como utilizar, em sequência, até três tipos diferentes de ferramentas para obter alimento. Essa espécie de corvo não existe no Brasil, porém, outras duas vivem por aqui onde são conhecidas como gralhas. São elas: a gralha-cancã, comum no Nordeste brasileiro, e, a ave símbolo do Paraná, a gralha-azul.

Já os urubus são exclusivos do continente americano. Apesar de, popularmente, serem chamados de condores ou abutres, não são aparentados com os abutres. Habitam vastas áreas do continente, onde se adaptaram às diversas regiões. A palavra urubu é de origem tupi-guarani, sendo uru – ave grande, mais bu – negro. No Brasil a palavra é empregada com vários significados, entre eles: alguém que enriquece a partir de práticas ilegais. Considerando as sucessivas crises políticas brasileiras e seus desdobramentos, o dito popular seria mais adequado se mudado para “urubu não come urubu”.