No cotidiano, mantemos com a arquitetura múltiplas relações. Numa viagem, ela motivará a maior parte de nossos registros fotográficos, sejam templos religiosos, museus ou outras edificações entre as centenas de milhares espalhadas pelo mundo. Assim, construções antigas e contemporâneas fazem e farão sempre parte da nossa experiência real e imaginária. Muitas dessas obras são marcos de suas localidades. É assim com o Palácio de Westminster em Londres, com o Coliseu em Roma ou o Empire State Building em Nova York. Da mesma forma, identificamos Barcelona pelas obras de Gaudí, Brasília pelos edifícios projetados por Oscar Niemeyer ou Florença em razão de Brunelleschi.

Uma experiência similar, gratificante em muitos aspectos, se obtém visitando na cidade de Valência, na Espanha, a Cidade das Artes e das Ciências. A obra, projetada pelos arquitetos Santiago Calatrava e Félix Candela, reúne um conjunto de sete edifícios onde se encontram um planetário, um cinema, um museu interativo de ciência, o maior aquário oceanográfico da Europa, uma casa de ópera e apresentações artísticas, um jardim de esculturas, uma galeria de arte, entre outros espaços.

O que é notável ali, antes de tudo, é a sensação de se transportar para um outro tempo. O urbanismo, as dimensões, a plástica e originalidade dos edifícios projetados, permitem facilmente se imaginar visitando uma cidade no futuro. Prova disso é o local ter servido de cenário para o filme de ficção Tomorrowland, lançado em 2015. Percorrer a Cidade das Artes e das Ciências é pura imersão numa experiência próxima da ficção. Creio que as fotografias a seguir, ainda que de forma muito parcial, confirmam isso.